Copyright 2018 - Ministério Ceifeiros. Tecnologia do Blogger.

Por um Cristianismo Solidário

2Co 8.7 – “Todavia, assim como vocês se destacam em tudo: na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também neste privilégio de contribuir.”

Em 2Co 8.7, o apóstolo Paulo está ensinando aos cristãos em Corinto sobre como deveria ser a vida cristã deles. Uma vida de fé, de palavra, de conhecimento, dedicação, de amor, mas também é preciso uma vida de doação.

Doação que só tem sentido quando é direcionada às necessidades do próximo. Não apenas o doar de um valor, mas principalmente o doar de si mesmo por quem está em situação de carência.

A palavra traduzida por contribuir é χάριτι (/chariti/), que traz em seu significado a ideia de “trabalho gracioso”.

Para uma vida cristã adequada é preciso fé, palavra, conhecimento, dedicação, amor, mas tudo isso só tem sentido quanto eu volto os meus olhos para o próximo e me dôo graciosamente por ele.

Não estou dizendo aqui que nós não devamos ofertar o que é material para o próximo, seja qual for a necessidade que meu irmão tem, se eu posso ser mão de Deus na vida dessa pessoa, eu devo faze-lo, com o meu melhor.

Nos versos de 1 a 4 de 2 Coríntios 8, o apóstolo cita o exemplo dos irmãos da Macedônia, que mesmo em tempos de severa tribulação e extrema pobreza puderam transbordar de rica generosidade, chegando a suplicar de modo insistem, para que pudessem ser participantes de ministério. Há de se considerar o verso 5 que diz que aqueles irmãos entregaram-se primeiramente ao Senhor e, depois, a nós. Doar-se primeiramente ao Senhor aponta para a vida de consagração daqueles irmãos, que era observada antes mesmo de pensar no próximo.

De fato, fazer apenas por fazer não tem sentido algum. Ofertar, ajudar, socorrer, apenas por uma obrigação, ou para alcançar algum tipo de reconhecimento não agrada ao coração do Pai.

Salmo 51. 16, 17 e 19 - “Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não eu os traria. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás. Então te agradarás dos sacrifícios sinceros, das ofertas queimadas e dos holocaustos; e novilhos serão oferecidos sobre o teu altar.”

O salmista Davi sabia que o sacrifício por si só não agradaria ao Senhor. Ele se agradaria de um espírito e coração quebrantado e contrito. Para ai sim, uma vez que a motivação estiver correta, o verso 19 diz: “Então te agradarás dos sacrifícios sinceros...”. Deus somente se agrada do que fazemos quando o nosso coração está sincero e quebrantado.

Esse é um padrão encontrado em toda a extensão da Palavra. Mesmo em Gênesis, por exemplo, no capítulo 4, versos 4 e 5, o texto nos diz o seguinte: “Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho. O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua oferta...” É importante perceber que a estrutura do texto nos mostra a pessoa e o produto, ou seja, o Senhor avaliou a Abel, antes de receber sua oferta, assim como perscrutou Caim, antes de voltar-se para sua oferta.

Devemos ser solidários, ofertar o que temos e a nós mesmos por nossos irmãos. Gl 6.2  diz: “Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo.” Se sabemos que há irmãos com o fardos pesados, nós devemos ser os que os ajudam a aliviá-los.

O Senhor, que olha a intenção dos nossos corações, deseja que vivamos um cristianismo solidário, pensando no próximo, doando-nos graciosamente, não apenas por uma suposta “obediência obrigatória”, mas como o fruto de um coração transformado que demonstra os valores do Reino de Deus.


← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial