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O Silêncio de Adão

RESUMO DO LIVRO O SILÊNCIO DE ADÃO

Inicialmente, o texto aponta a questão central do livro, “o silêncio de Adão”, como sua omissão durante a tentação de Eva, com consequente desobediência e entrada do pecado, uma vez que Adão estaria com ela e apenas permaneceu calado.

Deus criara o casal em momentos diferentes, e ordenara ao homem que não comesse de certa árvore. Adão falha em representar Deus à Eva sendo omisso, a partir de então todo homem tem uma inclinação natural em permanecer em silêncio quando deveria falar.
O autor aponta que os verdadeiros homens admitem o medo da confusão, sem fugir dela, pois a tendência natural é a preferência é pelas coisas que podem ser controladas. Masculinidade significa mover-se nem sempre com sucesso, mas com um movimento fascinado por Cristo, produzido pelo Espírito Santo. O livro inicia com as histórias pessoais de cada um de seus três autores, Larry Crabb, Don Hudson e Al Andrews, sem concluí-las, ao final elas serão retomadas gerando uma conclusão prática dos assuntos abordados.
A primeira parte é um apontamento a algo sério que está errado, um sonho que foi perdido. Homens buscam mover-se para arenas de conforto para restaurarem o sentido de poderosos, sempre que se sentem ameaçados.
Como religiosos, os homens de hoje buscam um Deus conveniente, provido por líderes que optam pela multidão de fãs a uma quieta comunhão com Deus. Essas multidões ajudam o homem moderno a sentir-se homem, mas esse contexto não diminui o gozo de encontrar a Cristo através do quebrantamento. É preciso adorar a Cristo, procurá-lo avidamente para que ele encha o homem com seu espírito. Esta é a única maneira de tornar-se piedoso. Quaisquer esforços humanos de tornar-se varonis jamais produzirão autêntica masculinidade. É preciso retomar à vista o fato de que qualquer problema não físico é um problema moral, com raízes no relacionamento da pessoa com Deus.
Somente a verdadeira masculinidade apontará ao quebrantamento e incendiará com uma implacável paixão a fim de cumprir o tremendo potencial de tornar-se verdadeiro homem. O que destoa disso é uma masculinidade falsificada. Homens não-autênticos.
Homens que vivem pelo designo de Deus são mais gentis, bondosos e atenciosos, o que difere do pensamento moderno de que os homens devem se tornar mais sensíveis, mais efeminados.
Os homens não-autênticos são controladores, destrutivos e egoístas, ao passo que os homens realmente viris sabem que são fortes, vivem de menos zangados por não se sentirem ameaçados, e encontram resposta para seus terrores na liberdade (sabem se mover).
Há homens que têm seu bem-estar atrelado a tarefas que podem certamente realizar, geralmente eles não são eficientes em seus relacionamentos íntimos. Se eles forem fortes, gerarão mulheres fortes. O máximo da varonilidade masculina é alcançado quando ele admite: “Não sei o que fazer nesta situação, mas sei que é importante eu me envolver e fazer algo. Tentarei visualizar, portanto, o que Deus talvez queira ver acontecer na vida desta pessoa ou nesta circunstância, e seguirei na direção dessa visão com qualquer sabedoria e poder que Deus me fornecer.”  Para tanto não há fórmulas, não há uma teologia da receita, o que é preciso é honrar o chamado a refletir a imagem de Deus.
Os homens são chamados a adentrar na escuridão. Usando o registro da criação em Gênesis, o autor aponta que assim como toda a criação inicial foi feita na escuridão, e houve ordem e beleza do caos, os homens são chamados a adentrar com sabedoria nas regiões mais escuras de seus mundos.
O homem tem responsabilidades atribuídas por Deus, como foi com Adão ao ser convocado a nomear todos os animais, mesmo que Deus pudesse ter feito isso. Sua masculinidade começa a crescer quando passa a fazer as perguntas para as quais sabe não haver respostas.
Sexo e violência são tópicos que mexem com todo homem, de maneira que muitos encontram na raiva e nas fantasias sexuais o conforto para lidar com os caos de suas vidas. A queda de Adão pôs em movimento um mundo escuro de caos, mas assim como o cristianismo começa com Deus, e não com o homem, Ele passa a ser o ponto de referência, a verdadeira esperança.
Todos os homens lutam com desejos e paixões irresistíveis. O afastamento do desígnio planejado por Deus é a raiz do problema, e esse afastamento é sempre uma escolha. Para que não haja esse distanciamento, os homens são chamados a lembrar das obras de Deus e a passar adiante às gerações futuras, não apenas a história de suas vidas, mas a lembrança de Deus em suas vidas. Adão, antes da queda, tinha algo a se lembrar, mas recusou-se a falar quando a serpente tentou Eva.
Ainda que a Igreja em geral culpe Eva pela queda da raça humana, até mesmo alguns intérpretes sugerindo que Adão comeu do fruto para que Eva não vivesse sozinha em seu pecado, é possível que Adão estivesse presente e se calou pela razões: 1) seu silêncio se encaixa no contexto de Gn 1-3; 2) Gn 3.6 diz que ele estava ali; 3) o estilo de narrativa, em Gn 3.1-7, sugere que Eva se voltou imediatamente a Adão e lhe deu o fruto. O outros homens em gênesis vivenciaram esse problema do silêncio de Adão, que tornou-se um padrão para seus descendentes masculinos.
Não havia instrução de Deus para Adão sobre o que dizer à serpente, por isso Adão não disse nada, ele foi um homem calado, passivo, que estava fisicamente presente mas, emocionalmente ausente. Assim como a palavra de Deus suscitou criação do caos, o silêncio de Adão trouxe o caos de volta à criação. A desobediência de Adão foi um processo, Deus o castigou por ter comido do fruto proibido, mas também por ter dado ouvidos à sua mulher.
Para combater a escuridão, o homem precisa ter como meta amar a Cristo, agradá-lo e representá-lo bem em qualquer ação, confiando mesmo que Ele não diga exatamente o que fazer.
O autor apresenta dois padrões de relacionamentos dos chamados homens poucos viris. O primeiro, ao qual chama por Padrão 1, são os que sempre estão dispostos a fazer o que é certo, mas com o objetivo de obter algo de outra pessoa, sendo governados pelas próprias carências, sem nunca se mover por conta própria. O segundo, Padrão 2, são os governados pela agressividade, uma espécie de atitude orgulhosa, normalmente negligentes e tendenciosos à ira.
De fato, nenhum homem pode ser feliz se não estiver cumprindo seu chamado a ser homem, demonstrando com sua vida que Deus está sempre Se movendo, e conduzindo suavemente sua família e amigos a encontrar confiança.
O autor aponta que homens governados pela carência se beneficiam do fato da cultura estar comprometida em não culpar a vítima. Ele cita o exemplo bíblico de Saul que mesmo pecando, nega ter feito qualquer coisa errada. Ele conclui que a paixão da carência se torna uma paixão dominadora quando é vista como sendo mais forte e mais urgente do que uma paixão pela santidade.
Há também os que são dominados pela agressividade, que são o extremo oposto aos dominados pela carência, sendo que o ponto central entre eles seria o perfeito equilíbrio, ou seja, o indivíduo que tanto é sensível, quanto é forte. Jesus é o exemplo de equilíbrio, demonstrando sensibilidade e força. Homens que se relacionam a partir de suas carências são os que as mulheres chamam de fracos; já os relacionamentos dos mais agressivos tendem a ser superficiais, porém, estáveis, porém com estabilidade frágil pois suas mulheres tendem a se sentir indesejadas (feiura presumida) e desesperadas (falte de toque com profundidade), e são mais propensas a depressão, ansiedade e vícios.
Iniciando a terceira parte do livro, o autor trata sobre pais piedosos, que são os que transmitem três mensagens a seus filhos: 1) isso pode ser feito; 2) você não está sozinho; e 3) acredito em você. E assim, ele chama os leitores a enfrentar a realidade do relacionamento com seu pai e a desenvolver uma visão do que ele próprio pode significar a outros homens. As marcas do pai piedoso são: o trilhar um bom caminho a vista de seu filho, com sinceridade e ensino; o olhar para o filho de forma que ele perceba que não está sozinho; e a caminhada confiante em Deus para orientar seu filho.
Ao falar sobre o relacionamento de irmãos, o autor aponta que eles são os que encorajam o compartilhamento das lutas, caminhando lado a lado, para que o homem não fique apenas guardando segredos, que por sua vez enfraquecem a coragem, causam isolamento da comunidade e corroem a sensação de confiança pessoal. Ele ressalta que homens que guardam segredos vivem apavorados com a possibilidade de serem descobertos, pois somente quando compartilham, encontram alívio. Além disso, homens com segredos não podem vivenciar seu chamado, mas quando tomam outro homem como confidente, caminhando juntos, nada do que já tenha feito o condenará a derrota, eles não serão mais definidos por seus segredos, e viverão seu chamado, o qual nenhum segredo poderá remover.
Ao discorrer sobre uma geração de mentores, o autor afirma que atualmente, há uma grande necessidade é de homens e mulheres piedosos que reflitam o caráter de Deus e que despertem o interesse de outros em conhecer a Deus. Pois a cultura busca usar a Cristo ao invés de conhecê-lo. Um bom movimento seria permanecer parado, como resistência a um momento cultural errado. O chamado a autenticidade masculina jamais será popular, requer disposição de agarrar-se ao que Deus diz, e envolve o preço de ser reduzido a um nível de humildade.
Destarte, há algo dentro dos homens que precisa ser liberado, algo que não lhes foi ensinado, mas com o que já nasceram e, quando isso ocorre, o resultado é um movimento que só é possível com a conscientização de que em algum momento ele estivera em algum lugar distante, de que foi chamado a viver para os outros, e de que não tem nada a provar ou a perder.

CRABB, Larry; HUDSON, Don; ANDREWS, Al, O Silêncio de Adão. Tradução da edição publicada pela Zondervan, por Wanda de Assumpção. 8ª Edição. São Paulo. Vida Nova. 2006.


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