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A Cultura dos Homens e a Cultura do Reino


A CULTURA DOS HOMENS E A CULTURA DO REINO

Inicialmente, nesta breve dissertação, cabe definirmos nosso entendimento sobre o que é cultura. Segundo o filósofo Clifford Geertz, a cultura é uma teia de significados. Outra definição sobre cultura é tudo aquilo que uso para transformar, e enquanto uso, sou transformado (Angelo). Estas duas definições, pinçadas dentre várias outras, trazem a percepção de transformação para o homem, que é moldado em suas atitudes a partir da maneira pela qual processa os elementos que recebe. Estudamos também que a cultura está sujeita a dois vetores, sendo um externo, referente ao ambiente, e outro interno, mais voltado à linguagem, os signos. É também de grande valia recordar que há fatores, chamados determinismos, que podem influenciar ao indivíduo na sua formação. Todas essas considerações iniciais nos fazem compreender que o conceito de cultura está ligado ao produto do que o ser humano faz com o que ele recebe de informação e influências, e desta forma este homem então vai produzir seu padrão cultural.

Ao pensar sobre a cultura do Reino, é preciso entender que ela baseia-se em padrões que não vão coadunar com os padrões que determinam a cultura do mundo anteriormente exposta, ela é baseada na autoridade e governo de Deus. Assim, a cultura do Reino seguirá em direção , algumas vezes, oposta à cultura dos homens, pois a cultura do reino produz padrões para serem vividos e que não devem ser afetados pelas adaptações socioculturais humanas.

A partir desse entendimento básico, é possível diferenciar cultura dos homens e cultura do Reino. A cultura dos homens será o produto de diversos fatores e determinismos que o afetam, e estes então, produzem seus hábitos e estilos de vida baseados em sua cultura. Já a cultura do Reino, por estar baseada em padrões Divinos,  superiores, terá como ponto primaz a autoridade e o governo de Deus, o que produzirá valores imutáveis e que não se degeneram. Ao homem, neste processo, cabe responder adotando um padrão ético de maneira a viver segundo o governo de Deus.

Sob esse prisma, a cultura do Reino pode ser considerada uma contracultura ao meio não-cristão por apresentar padrões totalmente diferentes dos assumidos pelo “mundo”.

Deus, ao criar o homem, o fez para que esse vivesse segundo os seus padrões, mas com a entrada do pecado, a criatura passou então a ter uma natureza, que antes era semelhante a do Criador em seus padrões, agora corrompida e mais suscetível às influências externas.

“Venha o Teu Reino...” Mt 6.10 – é mister que o homem volte seus olhos ao seu criador e ao abandone suas concepções culturais baseadas seus conceitos corrompidos e receba a cultura do Reino, que o levará a uma vida em padrões não apenas corretos e adequados, mas que expressam a vontade e a soberania de Deus em sua vida.
Autor: Davi Peregrina
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